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NESSE FIM DE ANO, NÃO DÊ FOLGA PARA O MOSQUITO

NESSE FIM DE ANO, NÃO DÊ FOLGA PARA O MOSQUITO

Dados indicam alto risco de transmissão da dengue em Montes Claros

ASCOM | Texto: Secretaria de Saúde | Fotos: Divulgação

Foi realizado, entre os dias 21 e 25 de outubro, mais um Levantamento do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) em Montes Claros, o quarto do ano. A pesquisa apurou um índice de infestação de 4,3%, ou seja: em cada 100 imóveis pesquisados, de 4 a 5 apresentaram focos do mosquito transmissor da dengue, zica e chikungunya. Para o Ministério da Saúde, isso significa um alto risco de infestação (acima de 3,9%).

DEPÓSITOS PREDOMINANTES

Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram:

– Depósitos móveis: vasos c/ plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, reservatório de climatizadores: 48,9%.

– Depósitos ao nível do solo: armazenamento de água para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba, etc.): 23,7%.

– Depósitos fixos: tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas: 16,8%.

PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR A PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI

– Providenciar limpeza periódica (1 vez por semana) e vedação dos tambores, tanques, e qualquer outro tipo de reservatório a nível do solo, usar toda a água reservada em período menor que o ciclo de reprodução (7 a 10 dias) do mosquito;

– Limpar periodicamente os ralos e caixa de passagens bem como providenciar nivelamento correto e usar telas quando necessário;

– Destinar o lixo para coleta pública;

– Escoar a água dos pratos de planta;

– Limpar e drenar calhas e lajes, principalmente em períodos que antecedem e durante as chuvas. Se possível ajustar o nivelamento, proporcionando uma queda de água apropriada;

– Tratamento adequado em piscinas mesmo que não estejam em uso;

– Limpar periodicamente lotes vagos de sua responsabilidade, bem como quintais de residências e dependências dos imóveis comerciais, industrias e outros.

ATIVIDADES DE CONTROLE QUE ESTÃO SENDO REALIZADAS

– Inspeções domiciliares para eliminação mecânica e química de criadouros do mosquito, incluindo os dias `D’, com o intuito de recolher o maior número possível de materiais inservíveis;

– Atividades educativas para orientar a população sobre como evitar focos do vetor;

– Aplicação de inseticida espacial para eliminação dos insetos adultos em locais onde ocorreram casos suspeitos de arboviroses;

– Sensibilização das instituições público-privadas, parceiros no Comitê Municipal de Combate à Dengue e Mobilização Social;

– Parceria com todos os meios de comunicação: TV, Rádio, Imprensa escrita e redes sócias;

– Disponibilização de canais de atendimento às denúncias da população sobre focos do mosquito através dos telefones 2211- 4400 ou 0800 283 3330 (Disque Dengue).

É importante ressaltar que o controle de um inseto tão domiciliado quanto o Aedes aegypti, haja vista que 97,7% dos focos foram encontrados nas residências, depende fundamentalmente da participação da população, que deve estar mobilizada e consciente de suas responsabilidades para reduzir o risco de doenças transmitidas pelo Aedes.