Servidores do HUCF participam de curso online de capacitação sobre o “Protocolo de Manchester”
Por Wesley Gonçalves
Servidores do Hospital
Universitário Clemente de Faria (HUCF) participam de um curso para
qualificação, que tem como objetivo torná-los classificadores e auditores do
Protocolo de Manchester. Este é um dos métodos mais utilizados no mundo para a
identificação da prioridade clínica e a definição do tempo recomendado até a
avaliação médica caso a caso.
O curso é realizado no
formato online pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), cujo
objetivo é capacitar e atualizar os enfermeiros do pronto-socorro, gestores e
médicos para maior eficiência na classificação de risco dos pacientes
assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do HUCF.
São 19 servidores que
participam pela primeira vez do curso para classificação, além de quatro
auditores, que realizam uma atualização de informações.O Protocolo de
Manchester visa melhorar o atendimento dos pacientes dentro das unidades
médicas de saúde, ao priorizar o atendimento dos serviços de urgência e
emergência e, como conseqüência, propõe a redução na sobrecarga de trabalho do
corpo clínico.
CORES – As cores usadas para
a classificação de risco do Protocolo de Manchester nos hospitais são: Vermelha
(Emergência), Amarela (Muito Urgência), Laranja (Urgência), Verde (Pouco
Urgência), Azul (Não Urgência). Busca a identificação de quadros de sinais e sintomas,
e, com isso, fazer a identificação do risco de maneira segura.
Dentro do conteúdo
programático, os participantes estudam introdução, processo de tomada de
decisão e a classificação de risco, método de classificação de risco,
identificação do problema, coleta e análise de informações, discriminadores
gerais e específicos, avaliação do paciente, estudo de casos clínicos,
parâmetros, fluxograma, entre outras. A carga horária do curso é de 30 horas.
Serão seis etapas e, ao final, haverá uma avaliação para obtenção do
certificado.
“Os profissionais estão
sendo capacitados e poderão atuar como classificadores no pronto-socorro, além
de ampliar a percepção de prioridades e organização de uma das mais importantes
portas de entradas do SUS na rede de urgência e emergência da região
Macronorte”, afirma o diretor de Enfermagem/HUCF, Tadeu Nunes Ferreira.
PARCERIA – A realização dos
cursos é resultado de um esforço conjunto da gestão superior da Unimontes e da
superintendência e das diretorias do HUCF, em parceria com o Núcleo de
Desenvolvimento Humano (NDH), do próprio Hospital. Dentre os pontos em destaque
nas atividades estão “conferir competência para o exercício da classificação de
risco”, “promover a uniformidade entre conceitos” e, ainda, “orientar quanto ao
uso da Metodologia”.
GRUPO BRASILEIRO DE
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
O Grupo Brasileiro de
Classificação de Risco (GBCR) é uma associação sem fins lucrativos, responsável
por implantar, manter e auditar o Protocolo de Manchester em todo Brasil, assim
como certificar profissionais classificadores, auditores e formadores, através
de programas de formação. Foi constituído para garantir que o Sistema
Manchester de Classificação de Risco promova a segurança do paciente e do
profissional de saúde que o utiliza.
O método utilizado consiste
de quatro etapas: “identificar a queixa de apresentação, que é o motivo de ida
à urgência”, “escolher o fluxograma de decisão aplicável (53 fluxogramas que
englobam a maioria das situações de urgência), “determinar o discriminador”,
“e, como consequência, determinar a prioridade (designada por uma cor, com um
tempo alvo correspondente).