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“A Arte Cura”: humanização do Hospital da Unimontes ganha reforço com exposição de telas

“A Arte Cura”: humanização do Hospital da Unimontes ganha reforço com exposição de telas

Projeto foi lançado nesta semana, com visitação durante
três meses nos corredores da Maternidade

Trazer para o ambiente hospitalar o contato com a arte, abrir a mente para novas perspectivas, possibilidades, situações, transbordar sensações e, especialmente, humanizar. Lançada nesta quinta-feira (23/1), a exposição itinerante “Olhar Para Além do Visível” leva para os corredores do Hospital Universitário Clemente de Faria a oportunidade de pacientes, acompanhantes, visitantes e servidores apreciarem 31 obras de diversos artistas nacionais e internacionais. As telas foram montadas ao longo do acesso à Maternidade Maria Barbosa, com visitação até o dia 22 de abril.

A iniciativa é da Curadoria do Museu Regional do Norte de Minas, vinculado à Unimontes, conjuntamente com a Associação dos Amigos do Museu (AAMRNM), Reitoria e direção do HUCF. Esta é a terceira experiência itinerante – já realizada nos prédios 1 (CCSA) e 5 (Reitoria), do campus-sede.

A vice-reitora da Unimontes, professora Ilva Ruas de Abreu, presidiu a solenidade de lançamento e destacou como um momento histórico pelo ineditismo da iniciativa. Ela fez um agradecimento à Associação dos Amigos do Museu, à direção do MRNM, à curadoria e à direção do HUCF pelo esforço na organização. “Por mais humanizado que possa ser, ainda encontramos no ambiente hospitalar situações de angústia e de sofrimento de pacientes e de seus acompanhantes. Por isso, entendo que esta exposição cumpre um dos papéis da arte: distrair e levar o alento às pessoas; um grande incentivo à cultura”, completou.

As obras expostas são de artistas como Aldo Ferreira, Antônio Augusto Antunes Netto, Cakurel Hydra, Elizabeth Etzel, Inácio Rodrigues, Inos Corradin, José de Souza Estevão, Livia Dennis, Nair de Carvalho, Paulo Penna e outros. São telas doadas ao acervo permanente do Museu pelo Instituto Itaú Cultural e pelo Banco Bozano Simonsen. A produção e montagem são de Francisco Ornelas, Raquel Arruda e Daniel Rocha e o design Gráfico de Ingrid Moura.

MUITO POSITIVA

Para a superintendente do HUCF, Príscilla Barros de Menezes, a experiência já se mostrou positiva logo nos primeiros instantes, não somente por despertar o interesse dos pacientes, acompanhantes e servidores, mas também por se associar às práticas de humanização do Hospital. Reconheceu, ainda, o esforço dos parceiros e reforçou o pedido para que os responsáveis ajudem nos projetos culturais da unidade.

Como presidente da AAMRNM, a professora Maria Ângela Figueiredo Braga, também diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), lembrou que, infelizmente, para muitos cidadãos, o acesso à arte ainda é restrito. “Se as pessoas não podem ir, que o Museu vá até elas. Esta é justamente a proposta da Associação: de tornar público o acervo do Museu. E no ambiente do Hospital, a arte torna-se uma espécie de cura à medida que permitimos a viagem por meio das telas”.

Também presente, Felicidade Patrocínio representou a Associação dos Artistas Plásticos do Norte de Minas e a Academia Feminina de Letras e justificou a iniciativa: a arte tem que ir aonde as pessoas estão. “A arte tem várias finalidades, como trazer a realidade de um lugar para outro. Atende, ainda, a nossa necessidade de beleza, que é básico e algo vital no interior de cada pessoa. Todo mundo tem direito à arte e onde ela está a energia é outra; pra cima”, destacou.

“No contato lúdico com paisagens figurativas e imaginárias podemos ver o despertar de lembranças, desejos e vontades. Vontade de visitar, vontade de revisitar, vontade de viver… São obras

de cores vibrantes e alegres e obras que transmitem um ar reflexivo, propõem olhar além do presente; o olhar além das paredes que nos cercam”, completou Daniel Rocha, presidente do Conselho Administrativo da AAMRNM.

“Essas obras são valiosas, belíssimas e o contato com a arte ajuda na recuperação das pessoas: comunica, traz alegria, emoção e beleza. Que todos tenham a oportunidade de se aproximarem da arte”, explica a curadora Marina Queiroz.