O ESPERANÇAR É REAL: Aliança LGBTI+ realizará ação social com custodiadas do Presídio Alvorada
Texto e fotos: Divulgação/Aliança LGBTQI+
A Aliança Nacional LGBTI+, por intermédio da coordenadora-Adjunta da Aliança em Minas Gerais e coordenadora do Projeto Transidentidade, irá realizar no dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher – uma atividade voltada para as mulheres em situação de privação de liberdade dentro do Presídio Alvorada, em Montes Claros, a partir das 8h.
A ação social contará com uma série de atividades culturais, educativas, de prevenção e saúde. “Trata-se de uma comemoração – se é possível usar essa palavra – pelo Dia Internacional da Mulher. O nome ‘O Esperançar é Real’ surgiu a partir da fala de Paulo Freire, em que o esperançar é uma conjugação da esperança e não de esperar. E por quê esperançar? Nós entendemos que a humanização é o princípio da ressocialização, e a ressocialização não é um objetivo dessa privação? Assim, o evento surge para relembrarmos que a humanidade é necessária e a manutenção da humanidade é um dos nossos objetivos nessa atividade”, destacou Letícia Imperatriz.
As atividades de “O Esperançar é Real” acontecerão no presídio Alvorada, para cerca de 80 custodiadas do presídio e contará com a entrega de kits de higiene para serem distribuídos para as mulheres que muitas vezes são esquecidas dentro dos presídios pelas famílias e pela sociedade. São kits que deveriam ser comumente enviados pelas famílias, mas que devido a uma série de fatores, dentre eles, questões socioeconômicas, não acontecem com frequência.
Ainda dentro da ação social da Aliança LBGTQI+ terá apresentações artísticas da Companhia de Danças Parafolclórico Saruê, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e uma performance com Ana Lu.
A atividade também contará com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros (SMS), com atividades de testagem de glicemia, aferição de pressão arterial e testagem rápida para verificação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST ‘s).
Além disso, um diálogo de mulher para mulher, com a presença de Daliana Antônio, professora da Unimontes; Camila Figueiró, psicóloga graduada pela Faculdade de Saúde Ibituruna (FASI) e Letícia Imperatriz, socióloga e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS) pela Unimontes.
“Nós temos esperança, não de esperar, mas de agir para que os direitos sejam respeitados e que a humanização de fato aconteça. Humanizar é esperançar e o esperançar é real”, finalizou Letícia Imperatriz.