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HUCF adquire equipamento para o tratamento de hemodiálise contínua de pacientes com Insuficiência Renal Aguda

HUCF adquire equipamento para o tratamento de hemodiálise contínua de pacientes com Insuficiência Renal Aguda


O Hospital Universitário
Clemente de Faria (HUCF), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes), ampliou o seu parque tecnológico e passou a oferecer mais um
importante serviço á saúde da população. O HUCF adquiriu um equipamento para
hemodiálise contínua em pacientes com Insuficiência Renal Aguda (IRA) pelo
sistema  PrismaFlex.

O aparelho reforça também a
estrutura do hospital no atendimento aos pacientes COVID-19.

Avaliado em R$ 163 mil, o
equipamento foi adquirido pela atual gestão do HUCF em sistema de comodotado,
com recursos do Governo do Estado, viabilizados por meio de emenda parlamentar
da deputada estadual Leninha (PT).

Foram realizados no Hospital
Universitário treinamentos teóricos e práticos, que permitiram que os
profissionais do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) Adulto e CTI Covid-19
pudessem aprender sobre as terapias agudas de diálise contínua em pacientes com
Insuficiência Renal Aguda.

A enfermeira Aline de
Azevedo Sampaio, especializada em Nefrologia e consultora técnica do
equipamento PrismaFlex, pela empresa Biomig Brasil, realizou os treinamentos
das equipes do HUCF. Ela ressalta a importância da aquisição deste equipamento
de última geração para o tratamento de pacientes com Covid-19.

“A terapia de diálise
contínua é indicada para pacientes instáveis hemodinamicamente que evoluem com
IRA e estão internados na terapia intensiva. A diálise contínua está sendo
muito utilizada no mundo para o tratamento de pacientes acometidos com a
Covid-19 e que evoluem com IRA. O equipamento também realiza plasmaférese
(troca terapêutica do plasma)”, explica a profissional de saúde. 

A consultora técnica conta
que a terapia tem a duração de até 72 horas no mesmo paciente, proporciona
fluxos sanguíneos e retirada de fluidos de maneira lenta. Isso evita que o
paciente desestabilize durante a sessão.

“Até então o HUCF não
contava com essa tecnologia e possuía apenas equipamento para realização de
diálise convencional ou intermitente. Com a aquisição desta tecnologia de
ponta, o hospital entra como uma das referências na região neste tipo de
procedimento”, pondera Aline de Azevedo.

Luciano Oliveira Marques,
enfermeiro do CTI Adulto do HUCF, organizou o treinamento e participou do
processo de implantação da diálise contínua na instituição.  Ele explica os processos que levaram a
aquisição deste aparelho.

“Antes, tínhamos limitação
de terapia renal substitutiva para os pacientes que apresentavam condições
clínicas de lesão renal aguda ou crônica e que se encontraram em estado grave
com instabilidade hemodinâmica. O equipamento veio para permitir a realização
de hemodiálise em pacientes instáveis em uso de altas doses de aminas,
auxiliando na melhora do quadro clínico, uma vez que permite a retirada de
maneira gradual e lenta, sem alterações osmóticas rápidas, com pouca
interferência no estado hemodinâmico do paciente durante a terapia dialítica”,
afirma Luciano Oliveira.

O nefrologista Divino Urias
Mendonça, médico respeitado na área, acredita que o HUCF deu um grande passo na
melhoria assistencial dos pacientes renais.

“O sistema PrismaFlex permite
um tempo maior de implantação nos pacientes instáveis de 24 a 72 horas. Sua
ação é mais efetiva, pois provoca menos complicações como hemorragias, como as
vezes acontecem em outras situações. Na área da Nefrologia, este sistema
permite fazer um procedimento que vai além da diálise, que é a plasmaférese
(troca terapêutica do plasma). Este tratamento está cada vez mais em uso,
principalmente em pacientes especiais”, relata Divino Urias.

“Para o Hospital
Universitário, foi uma importância enorme a aquisição deste equipamento.
Acredito que demos um salto importante em tecnologia e assistência”, finaliza o
especialista.